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Mostrando postagens de dezembro 22, 2007

Ká wòóo, Ká biyè sí Sango - Saudamos nosso Rei na Terra

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Históricamente, Sàngó foi o terceiro Aláàfin de Òyó, Rei de Oyó, filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia formado uma aliança com Oranian. Cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde em Kòso, onde era rejeitado pela população por ser violento e impetuoso. Contudo, conseguiu impor-se pela força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Koso, que com o passar do tempo veio a fazer parte se seus oriki. Dadá Ajaká, filho mais velho de Oranian, irmão consangüíneo de Sàngó, reinava então em Oyó. Mas não tinha a energia de um verdadeiro chefe daquela época. Por isso foi destronado por Sàngó, exilando-se em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio irmão. Depois que Sangó deixou Oyó, Dadá Ajaka voltou a reinar, e dessa vez mostrou-se valente guerreiro, voltando-se contra os parentes da família materna de Sàngó. Sangó é o irmão mais jovem, não somente de Dadá Ajaká, com

Òsonyín Ewé ó ! Ewé àsà ! - Oh, minhas folhas ! A folha é a tradição !

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É o orixá guardião de todos os segredos das folhas, raízes e cascas.Ossaniyn ou Ossain (como se escreve habitualmente) é o deus das ervas. Comanda as folhas, as medicinais, as litúrgicas, é o mestre do mato. Sem ele nenhuma cerimônia é possível. Usa pilão, veste verde, sua ferramenta tem sete pontas, uma das quais no centro com um pássaro no alto. Bode e galo são suas comidas prediletas; sua saudação: Ewê ô! muitas vêzes é representado com uma única perna. Trata-se de um dos Orixás mais importantes.Sua atuação é fundamental para a realização das cerimônias e rituais do Candomblé. Através das rezas apropriadas, esse orixá consegue despertar o poder das folhas, que são detentoras de um poderoso axé.Cada divindade tem as suas ervas e folhas particulares, mas só Òsányìn conhece profundamente o poder ou axé das folhas. O poder de Òsányìn está num pássaro que é o seu mensageiro. Este pássaro voa por toda parte do mundo e pousa em cima da cabeça de Òsányìn para lhe contar todos os acontecimen

Eparrei Oyá - Dona dos Ventos e Tempestades

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Oya (Oiá) é a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em iorubá, chama-se Odò Oya. Foi a primeira esposa de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso. Conta uma lenda que Xangô enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oiá desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder. Oiá foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final do seu reinado, seguiu-o na fuga para Tapá. E, quando Xangô recolheu-se para baixo da terra, em Kossô, ela fez o mesmo em Irá. Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma r

Rora Yeyé ó fí dé rí omon Òsun - Mãe cuidadosa, aquela que usa coroa e protege os seus filhos.

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Orixá cultuado na região de Ijexá, Nigéria, onde existe um rio com seu nome.Oxun domina as águas doces dos rios, lagos, córregos e cachoeiras, tendo algumas qualidades que também habitam a água salgada. É considerada a mãe dos peixes. É responsável pela irrigação e fecundação da terra, possibilitando o surgimento de uma nova vida. Ela é freqüentemente evocada para propiciar uma boa colheita. Olorun deu a ela o poder sobre a gestação e a fertilidade dos seres humanos, sendo muito ligada ao instinto maternal. Oxun protege o ser criado no momento da concepção e período intra-uterino. Olorun deu a ela o poder sobre a gestação e a fertilidade dos seres humanos, sendo muito ligada ao instinto maternal. Oxun protege o ser criado no momento da concepção e período intra-uterino. Está presente na hora do nascimento e pós-parto, tornando-se responsável pela criança o tempo necessário para que esta possa caminhar sozinha. Esse orixá também cuida de todo o órgão reprodutor feminino, bem como do ejé

Yemonja Odò ìyá - Saudação a Mãe dos Oceanos

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Yemonjá filha de Olokun ( Deus do mar ), cujo o nome deriva de Yeye oman ejá, "Mãe cujos filhos são peixes", é o Orixá dos Egbás, uma nação yorubá estabelecida outrora na região de Ibadan, onde existe ainda o rio Yemanjá. As guerras entre nações yorubás levaram os Egbás a emigrar, em direção oeste, para Abeokutá, no inicio do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível carregar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo objetos os sagrados, suportes do Axé da divindade, e o rio Ogun, que atravessa a região, tornou-se a partir de então, a nova morada de Yemanjá.O templo principal de Yemanjá fica em Ibará, bairro da cidade de Abeokutá. Os fiéis desta divindade vão procurar, todos os anos, as águas sagradas para levar os Axés, suportes de seu poder, não no rio Ogun, mas na fonte de um de seus afluentes, chamado Lakaxá. Esta água, recolhida em jarras, é trazida em procissão para seu templo.No Brasil, Olokun é praticamente desconhecido, ao passo que Yemonjá é a grand

Sálù bá Nàná Burúkú - Nós refugiaremos com Nàná da morte ruím

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Nàná é um vodun (orixá) da nação Gêge, de tempos imemoriais. Está associada aos mitos da criação da Terra, sendo a precursora de todas as divindades que têm o poder de gerar a vida. É o lado feminino dos criadores do mundo.Grande Senhora das terras molhadas e fecundas, com a qual foram criados todos os seres, reina na lama, que formou a Terra, nas águas paradas e pântanos.Ao mesmo tempo em que dá vida às criaturas, faz com que retornem ao seu elemento de origem para, mais tarde, renascerem na Terra, formando o ciclo da vida e da morte. Por isso, nós acreditamos que o corpo, após a morte, deve ser devolvido à terra, de onde ele saiu um dia.Nanan, pelo fato de ser um dos primeiros orixás criados por Olorun, é caracterizada como uma anciã, ou uma avó. Novamente, caímos no erro de comparar uma energia sobrenatural, que é o orixá, com simples mortais, atribuindo-lhes uma idade cronológica humana. É guardiã do reinado dos eguns e ancestrais, assim como seu filho Obaluayê, usando o ibirin (e

Òsùmàrè Arô Boboi ! - Saúdo o Intermediário ! Os olhos de Deus

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OSUMARE ou ESUMARE é a única divindade que traz em seu nome a raiz do nome de OLODUNMARE, o Criador - o sufixo MARE. MARE significa "Aquele que sempre é", "Aquele que tem autoridade sobre tudo o que há no céu e na terra e é incomparável", "Aquele que é absolutamente perfeito", "Supremo em qualidades". O significado do nome ESUMARE referencia diretamente o próprio papel desse EBORA, na manifestação e execução do projeto de OLODUNMARE, através do qual o ase se esparrama pela terra, enquanto poder de realização, garantindo através de ESUMARE os ciclos em que se operam cada etapa de transformações inerentes ao ritmo da vida, em seu movimento bipolar de fluxo e refluxo, a garantir a continuidade da existência. Grande Obá (rei) da nação Gêge, filho de Orixalá (Oulissassa) e Nanan (Anabioko), irmão de Obaluayê e Iroko. Olorun atribuiu-lhe a função de dar mobilidade a todos os seres da Terra, representando a coluna vertebral, nos seres mais desenvolvidos

Atótó ! Omolú Olúké a jí béèrú sápadà ! - Salve o rei dos espiritos sobre a terra ! O Filho do senhor é quem grita e nós reverenciamos com temor

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OBALUWAYE é um EBORA primordial e assim associado à criação e considerado como o grande regente do planeta. A terra, no sentido mais amplo da palavra, é sua matéria de origem, sobre a qual detém o poder e domínio absolutos.A terra é uma unidade cósmica, viva e ativa. Ela é o fundamento de todas as manifestações. Tudo o que compõe a terra, ou seja, sua extensão, a variedade de seu relevo e da vegetação que nela cresce, enfim, tudo o que está sobre a terra está em conjunto e constitui uma grande unidade.A terra encontra-se no começo e no fim de toda a vida. Toda a forma nasce dela, viva, e retorna para ela no momento em que a parte de vida que lhe tinha sido concedida se esgotou. OBALUWAYE está relacionado à terra e à tudo o que dela advém, ao retorno, ao pó, à transformação, à regeneração, ao renascimento, pois é sabido que "tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta para a terra é de novo provido de vida".TB é um vodun Gêge conhecido por Sapatá, sendo também

Ògún yè , Ògún pàtàkì orí - Salve Ògún , Òrixá importante da cabeça espiritual

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Ogun Senhor Deus da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Deus do fogo ou aço em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc. É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Bará porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. É irmão de Bará, sua conta é sete, quatorze e vinte e um. Ogum é o dono das estradas de ferro e caminhos.Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores. Sua saudação é ogunhê. Suas ferramentas são: Ponteiras, bigorna, machado, pá, martelo, marreta, lança, cobra de bote, espada, enxada, ferradura, corrente de aço, cravos de ferradura, búzios, moedas, tenaz e torquês. Ogun é o que vem primeiro, o que está sempre à frente, um líder nato. Ele conhece e domina todos os caminhos, por isso nunca se perde e está sempre ajudando, quando corr

Lògún ó akofà - Ele é Lògún, peguemos o arco e a flecha

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É um orixá cultuado na região de Ijesá, ( Ijexá ) na Nigéria. Segundo a mitologia, Logun é filho de outros dois orixás, que são Oxun Ipondá e Odé Erinlé (ou Imbualama). É considerado o príncipe dos orixás. Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados. Esse orixá vem sendo erroneamente associado à dualidade sexual. Muitos estudiosos no assunto afirmam que Logun vive seis meses como homem, igual ao seu pai Odé, e, nos outros seis meses, transforma-se numa mulher, como sua mãe Oxun. Logun é um orixá soberano e não passa por transformações sexuais. Isso acontece, com freqüência, aqui na Terra, com os seres humanos. Os orixás estão anos-luz adiante dessas questões. Na verdade, esse orixá tem livre acesso aos dois reinados, adquirindo o conhecimento de ambos. Consegue

Òsóòsí Ode òkè àró - Salve o Caçador

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É o orixá caçador, que vive nas florestas e nas terras verdes não cultivadas. Está associado à lua e à noite, por ser o melhor momento para a caça. Sua técnica consiste em esperar, pacientemente, a preza aproximar-se para, então, deferir seu tiro certeiro. Orixá poderoso, encantado do maior respeito, suas festas são de grande beleza e opulência. Uma delas, a das Quartinhas de Oxossi, no candomblé do Gantois, onde reina a veneranda Mãe Menininha, é inesquecível espetáculo. Sua principal ferramenta é o ofá (arco) e a flecha, muito utilizados em sua arte. Acredita-se que esse orixá conhece o segredo do nosso planeta, pois os dois hemisférios (norte e sul), quando separados, assemelham-se ao seu arco. Outra ferramenta importante é o erukerê, objeto sagrado feito com o rabo de búfalo, utilizado, especialmente, para a magia. Seus poderes mágicos são muito importantes, através dos quais os caçadores enfrentam os seres encantados que habitam as florestas. O erukerê, que é detentor de "ax